Coronavírus e isolamento social: cuide da sua ansiedade
O mundo inteiro está enfrentando uma nova realidade até antes nunca vista: governantes do mundo inteiro se unindo para tomar medidas de proteção contra um vírus que rapidamente se espalhou para o todo o planeta.
As medidas de proteção são em resumo duas: isolamento social e higienização mais constante. Vemos quase todos os países em isolamento, pessoas dentro de casa, ruas vazias, comércio vazio.
Além das consequências políticas, econômicas e a pressão nos sistemas de saúde, há uma preocupação com os efeitos disso na saúde emocional e nos relacionamentos, sejam eles familiares ou amorosos, da população.
Vamos hoje falar sobre a ansiedade, visto que o isolamento social nos coloca limites importantes à nossa liberdade, trazendo prejuízos à saúde emocional dos mais vulneráveis ou já acometidos por algum transtorno mental.
A principal armadilha mental que as pessoas ansiosas enfrentam é de se ver pequeno e sem recursos diante dos problemas, que são vistos como gigantescos e catastróficos. Essa armadilha mental acaba tomando força e se concretizando diante dos atuais acontecimentos. Temos um vírus lá fora à solta matando pessoas e não somos capazes de detê-lo. Nem mesmo as mais avançadas tecnologias e medicamentos de última geração são capazes de derrotá-lo.
A essa altura, pessoas ansiosas buscam pelos números e noticiários para checar as notícias que confirmem as suas crenças e pensamentos. Para quem quer apenas confirmar suas crenças, qualquer tipo de notícia serve: das notícias verdadeiras vindas de fontes confiáveis até as fake news espalhadas pelos aplicativos de mensagens mundo afora.
E dentro de casa as pessoas vão buscar medidas de controle interno do tipo comportamentais e do tipo psicológicas para se defenderem da ameaça do Coronavírus. Pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo tenderão a exacerbar seus pensamentos obsessivos e rituais, em especial os de limpeza. Pessoas com fobias tenderão a se manterem isoladas para evitar o contato com a fonte de medo; pessoas com pânico terão a tendência de evitar ainda mais aglomerações e pessoas na rua.
Já as pessoas que não possuem um diagnóstico também podem desenvolver sintomas ansiosos e depressivos em menores escalas, claro. Sinais disso são as tentativas comportamentais das pessoas de se livrarem de algo que as deixa com medo, confusos ou preocupadas. Temos como exemplo: fumar em excesso, abuso de bebidas alcoólicas, comer demasiadamente ou evitar comer para não se contaminar. O aumento desses comportamentos podem levar aos vícios e a transtornos mentais importantes.
O coronavírus e o isolamento social nos pedem: cuide da sua ansiedade. Mas como fazer isso? A primeira coisa a se fazer é manter uma rotina. Durma e acorde no mesmo horário, faça as refeições na mesma hora todos os dias, trabalhe de casa ou trabalhe em casa. Faça coisas diferentes que você não tinha tempo para fazer. A segunda ação para cuidar da ansiedade é se informar sobre as notícias apenas duas vezes ao dia.
Se você tem crianças em casa, vale acampar na sala ou fazer uma festa do pijama. Nessas horas brinquem de jogar cartas, com jogos de tabuleiro, dominó, contar histórias dentre outras coisas legais. Pode também brincar de conversar e de se conhecer melhor, porque não? Materiais interessantes não faltam, como a linha de produtos da Pote Terapia. Eles tem uma linha de produtos em potes temáticos, onde cada pote trabalha um tema específico a ser explorado em família. Visite aqui o site ou entre nesse link e conheça mais sobre a Pote Terapia.
Por Patrícia Machado
Para Libertá Psicologia
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